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sábado, 28 de março de 2015

A verdadeira história de Jesus Cristo

A personalidade histórica mais famosa e pesquisada do mundo sem dúvida é Jesus Cristo. Será que ele realmente existiu? Inúmeras teorias procuram traçar a vida do judeu que marcou a história do mundo. O Historiador André Chevitarese, por exemplo, afirma que Jesus era analfabeto. Aí você pensa: mas como assim? Ele era o filho de Deus, com certeza sabia ler e escrever. Não se deixe enganar pelas aparências, Jesus nasceu de família pobre, em uma época onde mais de 90% da população era analfabeta. Portanto, mesmo que algumas passagens bíblicas mostrem que Jesus sabia ler, todas elas foram questionadas por historiadores, que afirmam serem informações acrescentadas posteriormente, afim de dar credibilidade a sua imagem.
Entretanto, nenhuma pesquisa histórica sobre Jesus é mais polêmica do que a do historiador americano Reza Aslan. Ele afirma que José, pai de Jesus, nunca existiu e que Maria, sua mãe, engravidou sem estar casada. Há evidências que apontam para o fato de José nunca realmente ter existido. Acredita-se que ele foi uma criação de Mateus e Lucas, os dois únicos evangelistas que o mencionam. Seria uma forma de camuflar a verdade sobre o nascimento extra-matrimonial de Jesus?
Além disso, Aslan acredita que Jesus era um judeu revolucionário, independente da crença sobre sua divindade. Sendo assim, o Jesus que tanto intriga historiadores nada mais era do que um indivíduo politizado e carismático, que enfrentou as autoridades romanas, dando voz e consciência de luta aos pobres e despossuídos. Não a toa, Jesus foi crucificado como um criminoso, uma vez que, nessa época, religião e política se misturavam. Desse modo, sua defesa da fé foi encarada como subversiva por Roma. Por isso, a figura de Jesus e seu poder de persuasão eram vistos como ameaçadores aos olhos das autoridades, que temiam a possibilidade de Jesus conduzir um levante das massas, causando verdadeiro caos na ordem pública.
Não obstante, a crucificação era a penalidade aplicada pelos romanos aos escravos que matavam seus senhores, aos escravos que se rebelavam e aos rebeldes políticos — categoria onde Jesus poderia ser facilmente incluído. No entanto, a Via Crucis e o julgamento de Jesus podem nunca ter acontecido. Isto porque Jesus foi preso em Jerusalém, na sexta-feira que antecede a Páscoa, época do ano em que a cidade estava lotada de judeus de todos os cantos, vindos para as festividades.
Não se tratava apenas de uma festa religiosa, mas também política, que celebrava a passagem dos hebreus da escravidão para a liberdade. Dessa forma, sua prisão aconteceu em um ambiente  altamente “explosivo”, onde seria pouco provável que as autoridades romanas prendessem uma liderança judaica, fizessem um julgamento público e o colocassem para desfilar de forma humilhante pela cidade, arrastando uma cruz. Isso seria uma provocação desnecessária, um tiro no pé.
Verdade ou não, a questão é que a figura do Jesus histórico, ou seja, do homem que viveu como um judeu e foi capaz de mudar os rumos da história ainda é muito questionável. Trata-se de um assunto delicado que envolve não somente pesquisas históricas e arqueológicas, como também a fé. Talvez por isso, religião, futebol e política sejam assuntos que tentamos evitar discutir, não é mesmo?

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