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sábado, 10 de janeiro de 2015

Dez motivos pelos quais Chaves era um programa machista, homofóbico e racista

1) Numa gama de mais vinte personagens, não havia 01 (um) único personagem negro no enredo.
Embora muito pouco debatida, A (falta de) diversidade étnica do programa "Chaves" é notória.
Embora muito pouco debatida, a (falta de) diversidade étnica do programa “Chaves” é notória.
2) Não havia um único personagem gay.
A heteronormatividade é explícita ao se retratar apenas casais formados por homens e mulheres enquanto modelo único de afetividade.
A heteronormatividade é explícita ao se retratar apenas casais formados por homens e mulheres enquanto modelo único de expressão da afetividade.
3) Também não havia nenhum personagem trans*
Todos os personagens identificam-se perfeitamente com o corpo em que nasceram.
Todos os personagens possuem identidade de gênero perfeitamente adequada aos corpos em que nasceram, o que em nada contribui para uma sociedade menos transfóbica.
4) Sério, todas as relações afetivas eram cis. É impressionante
Todos os casais remetem ao modelo tradicionalista da união homem-mulher.
Todos os casais remetem ao modelo arcaico e tradicionalista da união homem-mulher.
5) Alguns casais retratados na série até rompiam com os padrões sociais no tocante à idade, mas eram sempre cis.
Será que é tão difícil colocarem um único casal que não se enquadrem no padrão  pré-definido que a sociedade impõe?
Será que é tão difícil retratarem um único casal que não se enquadre nos padrões de gênero que a sociedade ocidental impõe?
6) O único super-herói do seriado era homem
A trama novamente reforça esteriótipos ao deixar de retratar uma mulher como salvadora.
A trama novamente reforça esteriótipos ao deixar de retratar uma mulher como entidade salvadora.
7) Por outro lado, a menina Chiquinha é retratada como um ser fragilizado, que chora o tempo todo, reforçando o esteriótipo da mulher em apuros.
Chiquinha é vista um personagem que se vitimiza o tempo todo, desqualificando implicitamente as causas pautadas pelo movimento feminista.
Chiquinha é vista um personagem que se vitimiza o tempo todo, desqualificando implicitamente as causas pautadas pelo movimento feminista.
8) A Dona Clotilde é repetidamente chamada de “Bruxa do 71″ ao longo de toda a série, num longo e degradante processo de misoginia, gerontofobia e slut-shaming.
O processo de bruxificação da mulher remete aos obscuros tempos da Idade Média.
O processo de bruxificação da mulher remete aos obscuros tempos da Idade Média.
9) Apesar da falta de representantes negros, o “Pirata Alma Negra” contribuía para a introjeção de conotações pejorativo-racistas.
Por ter a "alma negra", o personagem seria maldoso.
Por ter a “alma negra”, o personagem seria maldoso.
10) O professor Girafales tratava a Dona Florinda com um cavalheirismo o qual nada mais era que um machismo envernizado.
Machinhos e seus galanteios disfarçados de assédio, no passarán!

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